‘Ventos contrários’: nos balanços internacionais a recessão é logo ali

Nos relatórios de resultados do terceiro trimestre, executivos demonstram temor com a escalada da inflação e até onde o bolso do consumidor aguenta os repasses de preços 

Por Raquel Brandão

Recessão com todas as letras ou “ventos contrários”, suavizando a forma de descrever o cenário. A verdade é que a perspectiva de um ambiente macroeconômico mais desafiador
no mundo é realidade já dada para analistas de mercados e, principalmente, para executivos das companhias.

Na temporada de balanços internacional, que já está avançada, o temor com o ritmo de alta dos preços e a elasticidade da demanda ficou impresso nos relatórios das
companhias. “Há ventos contrários significativos imediatamente à nossa frente — inflação insistentemente alta levando a taxas de juros globais mais altas, os impactos incertos do aperto quantitativo, a guerra na Ucrânia, que está elevando todos os riscos geopolíticos, e o estado frágil da oferta e dos preços do petróleo”, escreveu Jamie Dimon, CEO do banco JP Morgan. A instituição financeira norte-americana registrou avanço de receita de 10%, mas o lucro recuou 17%.

Nesta quarta-feira, 26, por exemplo, o presidente da cervejaria holandesa Heineken, Dolf Van Den Brink, escreveu: “Vemos cada vez mais motivos para sermos cautelosos com as perspectivas macroeconômicas, incluindo alguns sinais de fraqueza na demanda do consumidor”. Por isso, mesmo com aumento de 27,5% nas vendas do terceiro trimestre, a ação caiu 5,40% em Amsterdam.

Com ano fiscal de 2023 já iniciado, a empresa de higiene pessoal e limpeza Procter & Gamble (P&G), dona das marcas Ariel, Downy e Oral B, já viu os volumes caírem 3% no
primeiro trimestre em todo mundo, depois de precisar repor preços. As vendas do período, que vai de julho a setembro, somaram US$ 20,6 bilhões. Houve um avanço de 9% em preços e 1% por mix de produtos.

“Entregamos resultados sólidos em nosso primeiro trimestre fiscal de 2023 em um ambiente operacional e de custos muito difícil”, diz Jon Moeller, presidente do conselho e CEO da P&G. Ele ainda escreve que os resultados ainda ajudam a manter as projeções de receita e lucro, mas não deixa de citar que são “contínuos ventos contrários significativos”.

A fabricante de alimentos Kraft Heinz, que integra o portfólio da 3G Capital, dos brasileiros Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles, Carlos Alberto Sicupira e cia,
também está prevendo inflação mais elevada. “Espera-se que as realizações de preços e as eficiências brutas mitiguem a inflação aproximada de 20% que prevemos para o ano
inteiro”, diz a empresa em seu relatório de resultado. As vendas tiveram crescimento orgânico de 11,6%, com avanço de 15,4 pontos percentuais em preço e queda de 3,8 pontos percentuais em volume.

Já a suíça Nestlé, também de alimentos, diz que a cadeia de suprimentos segue reprimida e a elasticidade da demanda é
limitada. “Entregamos um forte crescimento orgânico à medida que continuamos a ajustar os preços de forma responsável para refletir a inflação. O ambiente econômico desafiador é uma preocupação para muitas pessoas e está afetando seu poder de compra”, disse Mark Schneider, presidente da Nestlé, em seu comunicado. O crescimento orgânico de venda foi de 8,5%, sendo que precificação respondeu por 7,5
pontos percentuais.

Como os gestores brasileiros estão vendo?

A perspectiva entre os gestores brasileiros é de que não há muito como fugir da tempestade que se aproxima. “A recessão nos Estados Unidos e países europeus está meio que dada. Difícil não esperar uma recessão lá fora. A dúvida é a magnitude”, diz o gestor de renda variável Leonardo Rufino, gestor de renda variável da Mantaro Capital.

CEO e um dos fundadores da Vinland Capital, André Laport, disse, há cerca de um mês, no Bloomberg Capital Markets Forum, que os Estados Unidos não devem conseguir um
“soft landing”, ou seja: um controle da escaladas de preços que não machuque demais a economia. A projeção dele é de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados
Unidos) suba a taxa de juros para algo em torno de 4,5% a 5% ao ano. Hoje, a taxa de juros nos Estados Unidos está na faixa de 3% a 3,25%.

A economia americana é fator importante para o mercado brasileiro, lembra Sérgio Goldman, da Esh Capital. “O principal fator [para a bolsa] é juros nos Estados Unidos. A gente sabe que vai subir, só não sabe até quanto.”

A Esh Capital não comercializa nem distribui cotas de fundos de investimentos ou qualquer outro ativo financeiro. Os conteúdos aqui divulgados, são de caráter meramente informativo em relação a Esh Capital e seus produtos e não devem ser entendidos como oferta, recomendação ou análise de investimento ou ativos. Os investidores devem tomar suas próprias decisões de investimento. O investimento em fundos pode resultar em perdas patrimoniais para seus cotistas, podendo inclusive acarretar perdas superiores ao capital aplicado e a consequente obrigação do cotista de aportar recursos adicionais para cobrir o prejuízo do fundo. Para mais informações acerca das taxas de administração, cotização e público-alvo de cada um dos fundos, consulte os documentos do fundo disponíveis no site https://www.eshcapital.com.br/ . Leia atentamente o prospecto e o regulamento antes de efetuar qualquer decisão de investimento. Os investimentos em fundos não são garantidos pelo administrador do fundo, gestor da carteira, de qualquer mecanismo de seguro ou, ainda, pelo Fundo Garantidor de Crédito – FGC. A rentabilidade obtida no passado não é garantia de rentabilidade futura. As rentabilidades divulgadas não são líquidas de impostos. Não há garantias de que fundos multimercados tenham o tratamento tributário para fundos de longo prazo.

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ESH Capital - Fundos de Investimentos | Brasil

COMUNICADO

Alteração de nomenclatura
do ESH Theta FIM

ESH Capital - Fundos de Investimentos | Brasil

Caros cotistas,

Conforme comunicado enviado pela Intrag e e-mail enviado por nós da Esh Capital, o fundo Esh Theta FIM passou por um processo de masterização com finalidade de facilitar a gestão operacional dos ativos do fundo, e na prática, nada muda para quem já é cotista do fundo.

Porém, vale ressaltar que devido a Masterização, o fundo Esh Theta FIM teve sua nomenclatura alterada para Esh Theta 18 FIC FIM.

Em caso de dúvida, favor nos contatar no (11) 3181-3333 ou através do e-mail [email protected].

Atenciosamente,

Esh Capital Investimentos.

COMUNICADO

MASTERIZAÇÃO DO ESH THETA FIM

ESH Capital - Fundos de Investimentos | Brasil

Caros cotistas,

Conforme comunicado enviado pela Intrag por e-mail a respeito da Assembleia de Masterização do Esh Theta FIM a ser realizada em 07/03/23, gostaríamos de prestar alguns esclarecimentos.

O processo de Masterização tem por objetivo facilitar a gestão operacional dos ativos do fundo. Pelos benefícios efetivos, a masterização é uma prática bastante difundida na indústria e esse processo não acarretará em mudanças para os cotistas, tanto em relação a estratégia atual do fundo, quanto em alterações nas taxas de administração e performance, ou mesmo prazo de resgate do fundo, todos esses pontos serão mantidos da mesma forma.

Na prática, nada muda para quem já é cotista do fundo.

Em caso de dúvida, favor nos contatar no (11) 3181-3333 ou através do e-mail [email protected].

Pedido de Convocação de Assembleia Geral Extraordinária da Gafisa S.A para o dia 10/02/2023

Pedido de Convocação de Assembleia Geral Extraordinária da Gafisa S.A solicitado na forma do art. 123, Parágrafo único, “c”, da Lei Federal nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (“Lei das S.A.”), e da Resolução CVM nº. 70, de 22 de março de 2022 (“Resolução CVM 70/22”).
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